O mercado de criptomoedas enfrenta um dia turbulento nesta terça-feira (2), com o bitcoin (BTC) liderando uma queda significativa devido a uma série de fatores. Os dados industriais divulgados pelos Estados Unidos contribuíram para impulsionar o índice do dólar americano para sua máxima desde meados de novembro, exercendo pressão sobre o BTC e outras moedas digitais.
Além disso, os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin nas bolsas americanas registraram mais saques do que depósitos, revertendo um período de saldo líquido positivo nos últimos quatro pregões. O movimento negativo foi particularmente influenciado pelas retiradas significativas no GBTC, o trust transformado em ETF pela Grayscale.
No panorama macroeconômico, o aumento no índice gerente de compras (PMI) industrial dos EUA em março, superando as expectativas e indicando expansão da atividade, postergou as expectativas para um possível ciclo de corte de juros no país, fortalecendo ainda mais o dólar.
Por volta das 9h53 (horário de Brasília), o bitcoin registrou uma queda de 6,4% em relação às últimas 24 horas, sendo cotado a US$ 65.309, enquanto o ether, moeda digital da rede Ethereum, apresentou perdas de 7,2%, alcançando US$ 3.299, de acordo com dados do CoinGecko. O mercado de criptomoedas como um todo viu seu valor de mercado somado atingir US$ 2,6 trilhões.
Entre as altcoins, a solana (SOL) despencou 9% para US$ 178,86, o BNB (token da Binance Smart Chain) caiu 5,9% para US$ 553,40 e a avalanche (AVAX) recuou 10,8% para US$ 47,06.
Analistas observam que a correção do bitcoin era esperada após um período de sete meses consecutivos de alta para a criptomoeda. Beto Fernandes, da Foxbit, destaca que os mineradores intensificaram suas vendas antes do halving, previsto para ocorrer entre os dias 20 e 21 deste mês. Enquanto isso, André Franco, do MB, ressalta o crescimento recorde do blockchain Base da Coinbase, indicando uma atividade robusta na corretora de criptomoedas dos EUA.